Era uma vez um casal em Hamburg. A mulher já desde muitos anos estava farta do comportamento do marido dela, do Hans, e pensou no divôrcio.
Mas houve um grande problema, como conseguir ficar separada dele durante um ano como o Kadi exige?
É que o Hans não estava de acordo e assim ela pensou em mandar-lhe a um país longe da Alemanhã, talvez Tibor?
Num dia foi à uma agencia de viagens e a Senhora disse que os viajantes gostam muito de Portugal.
Pronto, a Bia reservou um quarto barato para o malcriado na Casa Wistuba em Parchal .
A noite preparou um bom jantar e serviu umas garafas de vinhotinto ao marido.
Ele ficou bebado e a mulher levou o homem com ajuda do capitano ao avião.
No dia seguinte o Hanseat acordou com o por do sol e não sabia nem uma jota onde estava.
Abriu a janela e viu um quarto que parecia ser duma garotinha. Nas paredes desenhos de anjos, diabinhos, fadas da floresta, dragões e princesas. Uma delas até parecia ser a branca de neve com os seus 7 anões.
Assustou e abriu a porta. La fora ouviu a voz duma mulher a perguntar ao filho :
“Kai, lewaste a Annah-Lisa ao jardim infantil?”
O Hans chamou : “Hallo isch doa jemand?”
A dona da casa, a Viola, subiu as escadas sorrinda :
“Bom dia querido, dormiste bem? “
“Wasch soll datt?” gritou o macho, “ Isch geb dir a Rath, lern erschmal richtisch deutsch ! Sonst wirscht janz schnell ausjewiesen!“
Ele saiu correndo da casa e caiu quase por causa da gatinha branca que brincou com uns caracões.
Ficou parado e ouviu um ruido que nunca ouviu, mil gaivotas gritaram no ceu.
Baixou os olhos e viu o mar, a praia e algumas casas rurais e realizou que estava no campo e começou a tremer.
Ele sempre teve medo de todos os animães e agora encontrou-se numa aldeia. Quando ele era miudo teve que ficar muitos dias num hospital por causa de abelhas que lhe picaram 1947 vezes. Depois nunca mais saiu da cidade.
Que fazer?? O Hans vestiu-se e foi a procura duma pessoa que fala elemão.
Na praia encontrou um pescador e perguntou : “Du deutsch?”
O algarvio olhou para ele mas não entendeu nada. “Sou o Carlos” respondeu, “queres ir à pesca comigo? No meu barco?”
O homem começou a entender e sabendo que na água raras vezes se encontra abelhas foi com o pescador.
Com o tempo começou a gostar da viagem e cantou : “Mei bonnie isch ower die Oschen .... “
Apanharam peixe e conservaram-nos com sal. Passado uma semana dirigiram-se à casa do pescador onde a Britta, mulher dele, já esperou.
Mas que grande sorte, ela era Alemã !!!.
“Bitte liebe Britta, wie komme ich zurück nach Hamburg?”
Ela respondeu : “Ein Freund von mir fährt nächste Woche, ich frage ihn, ob er Platz für dich hat.“
No dia seguinte os tres foram ao Alentejo e um odemirense disse, que pode levar o Hans para casa.
Durante a viagem o homem começou a aprender português e assim durante uma pausa numa fonte entendeu muito bem quando uma cigana lhe perguntou : “ Estou a ver que não trataste bem da tua esposa, foi? “
O homem ficou envergonhado e respondeu :
“Wenn meine Bia will, dann isse a freya Frau und kann mit ihren Paule jehn! „
A cigana deu a ele um caramelo e disse : „Vai para casa e trata da tua mulher como se fosse uma rainha!“
E ele foi. Chegando ele disse à esposa : “ Mein Sonnenschein, mein Herz, gib mir noch eine Schonce, ich bin auch ganz lieb ab jetschd!“
Bem, não sei, se posso confiar nisso, e voces?